reconstrução 4

Os portões tinham seu valor memorial para a vila. Felizmente, só um deles havia sido obliterado pelo poder oculto do bigode. Me voluntariei para a reconstrução deste em especial, afinal, sua destruição partira de minhas ações; minha culpa e responsabilidade. Tendo isso em mente, parti facilmente para o local; a velocidade moderada servia também para poupar as energias de um longo dia que viria.

Concreto para todo lado, destruído e espalhado. Nem pude deduzir a posição do portão e sua aparência não estava nas melhores. Não estava sozinho também, e por isso, não desisti quando me disseram o tamanho dele e até quando deveríamos trabalhar. Demos o que tínhamos, e com nossas técnicas e habilidades físicas, subir até lá em cima, trazer isso para cá e isso para lá não foi grande coisa.

Cansativo como sempre, o dia terminava ao cair da noite, na presença sublime da brilhante lua. Estagnado por um momento enquanto observava sua beleza, lembrei-me das coisas que fizemos, e o quanto elas valiam para cada um de nós. Mesmo que estivesse sozinho em certos momentos, essa união era o que de fato valeria para uma vila poder ser chamada de vila.



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