Semente

Ele estudou a janela quebrada. Pedaços da vidraça ainda pendiam nas bordas, mas o espaço deixado era o suficiente para que pudesse passar por ali. Sem questionar quem ou o que quebrou o vidro, jogou-se pela abertura, pousando do lado de dentro do gabinete. Aquela janela dava logo para um corredor, e bastava seguir por aquele caminho para achar a sala do líder. Num encontro repentino, poderia ser julgado como um invasor e um ladrão, portanto, tomou cuidado para não ser notado, andando vagarosamente, com todos os sentidos alertas e uma kunai em punho, a ponta direcionada para o lado de dentro.

A verdade era outra. Obteria a espada que queria, também a única que sobrara, e então, forçaria o status de Espadachim da Névoa para si. Não queria, de forma alguma, conseguir essa fama apenas para fugir da vila como um shinobi mais poderoso, mas sim para poder melhor servir a vila, afinal, jõnins não eram reconhecidos lá fora, mas um espadachim é como um sannin em Konoha... Ele é lendário. E ser uma lenda era o mínimo que precisava para adquirir os seus objetivos. Diria que é um começo... Uma semente para uma árvore de ramos longos e frutos inigualáveis.

Não demoraria muito para que achasse a sala, afinal, morava em Kiri, no mínimo, tinha que ter alguma familiaridade com os locais do vilarejo. Determinado, começou a se aventurar por ali, cauteloso, em busca da espada. Estava pronto para se declarar um Espadachim da Névoa. Ele não. Na verdade, era só uma cópia idêntica a mim. Um bushin, eles diriam. Eu, o verdadeiro, estou do lado de fora do gabinete, a vinte metros do portão, sentado num banco, aguardando o meu clone voltar armado da Kabutowari. Eu também estou armado. A zambatou está no meu colo, deitada no horizontal.

OBS:

Dõjutsu:

Jutsu usado:

Zambatou:

Status:

OFF: Pelo jeito, ninguém vem me impedir mesmo e já se foram dois dias, então vou continuar o post. W.O.

ON:

A espada era, na verdade, duas armas, e nenhuma delas era uma espada. Uma era um machado e a outra, um martelo, ambos ligados por um fio de couro, numa sugestão de que juntos, faziam um bom estrago. No reflexo do metal do machado, havia um homem negro, de rosto fino e esbelto, com lábios grossos e escuros. Um olho era comummente preto, mas o outro brilhava com um vermelho anatural, a pupila rodeada por vírgulas pretas.

O homem era idêntico a mim. Afinal, era o meu clone. Sem se demorar mais por ali, refez o mesmo caminho que percorreu para chegar na sala das espadas (onde apenas a kabutowari repousava por sinal) e saiu do gabinete, percorrendo os vinte metros de distância que havia entre mim e o prédio. Ao invés de me dar a arma como uma pessoa normal, ele fez menção a me atacar. Teria me fatiado se eu não tivesse bloqueado o machado com a larga lâmina da zambatou. Na outra mão, o clone segurava o martelo, porém, e algo me dizia que se ele viesse com esse ataque, destruiria a minha humilde defesa. Nisso, entendi a importância daquela arma.

Sorri e pendi a minha espada nas costas, tomando o machado e o martelo das mãos do clone, ao que ele desapareceu, numa pequena explosão elétrica.

- Pois bem, agora devo ir buscar o meu título de espadachim. - Determinei.

OBS:

Status: