Gennin;

Por quantas vezes você pode chorar sem derramar uma lágrima, sofrer sem curvar sua cabeça, dizer mil palavras e permanecer em silêncio. O brilho estonteando de um alguém forte, mas ao mesmo tempo fraco. Resistente, e doente. Circular o ódio da injustiça e transborda por toda a pele na forma de uma linhagem sanguínea escassa. Incoerente chuva, insiste em cair, molhar o rosto do rapaz pálido que caminha como um alguém sem objetivos e rumo; localizado no meio de uma floresta, indeciso sobre seu destino. Meio clichê, mas congruente, inteligente e bem capaz; a chuva esconde aquela lágrima, aquela única que acabou por rolar pela sua face. Chuva, ah, se não fosse a chuva sua fraqueza seria exposta.

Pequeno, frágil, pálido, de cabelo cumprido. Respiração forçada, um grito preso na garganta que é libertado na forma de um sussurro que saiu como um singelo "eu te amo". Seu pai, vítima de farsa, vítima de incompetência gerada por conduta indevida. Uma arma carregada de ódio e amor, só que. Um gatilho não se move sozinho; sua libertação é dependente do manuseio de quem terá controle sobre sua opinião facilmente manipulada.

Emocional crítico, alma de uma paralítico.

Se demorasse um segundo a mais o menino iria embora insatisfeito com o destino injusto que lhe tirava qualquer oportunidade de vingança. E lá estava, ao longe se aproximando mancando com as mãos quebradas e completamente enfaixadas, o suposto avaliador que como confirmação soltou um estranho e rouco: "Sou seu avaliador, sua chance de se tornar um gennin é essa, terá que me provar que pode ser um shinobi de Kiri" - com a bandana da vila meio suja e toda riscada - porque é velha - o senil homem grisalho, manco, das mãos quebradas - e enfaixadas, incapacitado de fazer selos - entrou em posição de combate bradando "Postura do Dragão em Ascensão", um pé, quer dizer, seu único pé posicionado mais a frente, a muleta usada para se apoiar para trás e uma mão na altura do rosto toda branca pela faixa.

O avaliado abjugou toda a tristeza que colocou em si através de sua fértil imaginação da morte de seus pais e embora lágrimas ainda rolasse seu rosto a fora, ele fora capaz de retirar uma único kunai, olhá-la e sem hesito lançá-la no avaliador rumo à sua perna esquerda. Mas o velho é perneta e sua única perna é a direita, logo então a kunai passa direto sem trazer qualquer tipo de risco. Notando o seu erro, resolveu inovar. Resolveu, mas como não tinha chakra o suficiente para inovar, iria inovar quando virassse gennin mesmo. Retirou mais uma kunai e atirou rumo ao peito do avaliador; dessa vez começou a correr; tão rápido quando pode e a cada dois metros ele atirava uma shuriken rumo ao pescoço do vovozinho - distância inicial deles de quinze metros -.

Assim que seu alcance fosse o suficiente, buscaria impulso para saltar, misturado com sua alta velocidade, seu ganho de força seria imenso, tentaria aplicar uma voadora na muleta do avaliador, em seguida girar com as mãos apoiadas no chão e aplicar o movimento de uma rasteira visando acertar a perna esquerda do avaliador; que novamente passa direto, só que ele deu um giro tão forte que ficou desgovernado e conseguiu rodopiar mais duas vezes e na segunda vez - pós-rasteira fail - seu braço sem intenção se moveu rumo ao órgão genital dele.

Assim que terminasse de rodopiar, saltaria para trás com um mortal até chegar a uma distância que julgaria segura (10m), então sacaria uma kunai e aguardaria em postura defensiva.