treta

Cheguei joguei um pergaminho locaso:

Meditava embaixo de uma árvore quando um ruído de impacto retirava minha concentração, levantei-me para dar uma olhada no que poderia ser aquilo. Um pergaminho estava vagando sozinho por aí, pensava eu, como se o pergaminho houvesse criado pernas e andado por aí. Passou-se mais um tempo e ninguém voltou, talvez não se importavam com o pergaminho deixado, então não me importei também, mas um tempo depois, um pingo de curiosidade surgiu em minha mente, e já que Yuyuko-sama não estava por perto, acho que não haveria problema uma pequena olhadinha...

Parecia um jutsu de cópias comum, com a diferença de não serem apenas ilusões e sim cópias reais. Bem, parecia simples, então agarrei o pergaminho antes que Yuyuko-sama aparecesse e me pegasse no flagra, não estava muito no ânimo de apanhar agora, então corri como se não houvesse amanhã floresta adentro, onde havia um gramado alto e vários animais. Comecei praticando o Bunshin no Jutsu para me adaptar melhor aquela situação, eram diversas cópias que desapareciam com o tempo, não era atoa que me chamavam da Jardineira Fantasma, afinal, eu era uma Jardineira e fazia vários fantasmas, ué. Depois dessa sessão, passei a fazer o selo comum dos Clones das Sombras, mas tudo que conseguia eram coisas anêmicas e...brancas, hurgh. Passaram-se alguns minutos e as tentativas ainda iam e vinham, de modo que não notara o tempo se passando. Estava conseguindo resultados positivos, as cópias pelo menos tinham ossos e não eram aquelas mexidas estranhas de antes, por fim, meu chakra já estava se esgotando quando na ultima tentativa, após a neblina se dissipar, pude ver silhuetas semelhantes, não eram duas nem três, mas dez, eram exatamente iguais a mim, desde o cabelo até o corpo, era um pouco assustador para mim, de qualquer forma.

A surpresa me fez esquecer de o quão tarde estava e, mesmo correndo com todas as minhas forças, tudo que pude ver foi uma Yuyuko-sama sorridente com um chicote em mãos, esperando por mim na porta da residência.

Spoiler:

Me aproximei, com cuidado li e reli o conteúdo da folha de papel ao lado do pote de Whey Protein. Coincidentemente uma tempestade começara, palco perfeito para aperfeiçoar o elemento Trovão. Era um exímio controlador de água, além de poder manusear a Raijin no Ken com facilidade, espalhei meu chakra pela palma de minhas mãos, de modo a criar uma pequena faísca elétrica entre meus dedos, mas ainda não o suficiente. Contínuas tentativas e poucos resultados, logo a tempestade se aprofundara na floresta, de modo que trovejadas e muita água estavam ao redor de mim. Na próxima tentativa, uma corrente firme passou pelo meu corpo, danificando-o e atirando-o para trás com um forte impulso, chocando-me contra a árvore ali.

Continuei, raios partiam a floresta, incendiando-a. Minha cabeça doía por conta do impacto daquela maldita árvore, agora em chamas por conta dos raios. Deveria terminar aquilo logo, ou poderia me resfriar graças aos pingos d'água da chuva. Novamente, juntei as mãos, espalhando uma pequena quantia de chakra na pontas dos dedos, começando de um modo simples, desta vez fui capaz de manter pequenas faíscas, porém ainda instáveis, a falta de controle no domínio da mesma acabava por queimar um pouco meus dedos, de modo que minha expressão tornava-se dolorida. Uma evolução, não perdia o controle da eletricidade por mais de um minuto, tomei um pouco mais de impulso, carregando mais chakra no intuito de aumentar as pequenas faíscas presentes. Foi um erro, de modo que outra explosão ocorrera, desta vez lançando me para frente, de encontro com uma rocha, agora meu rosto estava avermelhado.

Argh. Prestei atenção no clima, a chuva se intensificava mais, podia-se ver dezenas de raios caminhando pelo céu escurecido, de modo que não se sabia se era noite ou dia. Levantei-me, avaliando meus arredores. A floresta estava coberta do tão sagrado fogo, Zeus não poupara a pobre natureza de sua ira, assim seria eu, como exemplo. Aprofundei meus pensamentos, a ira do relâmpago, a beleza do trovão, isso tudo necessário para aperfeiçoar a forma do elemento Raiton, com meus olhos fechados, respirei fundo e meditei, meditando e meditando. Meus olhos se abriram, observando a paisagem escurecida pelas nuvens negras, se iluminando em seguida graças as chamas criadas. Respirei fundo mais uma vez, agora liberando chakra por todo meu corpo, um leve formigamento se tornava o que aparentava-se pequenas ferroadas, deveria me acostumar com tal sensação de imediato. Segundos, talvez minutos se passavam, por fim, a eletricidade tomava forma ao meu redor, imaginei a forma que queria, uma mortal armadura elétrica que se mal-manipulada acabaria tomando minha vida. Demorou-se para se formar, mas ali estava, no exato momento em que um último raio acertara a árvore atrás de mim, incendiando-a, meu corpo se tornava rodeado de uma aura elétrica formidável, assim, masterizando o Raiton.